Fósseis
São vestígios deixados
por seres que viveram no passado, que podem ser ossos, dentes, pegadas
impressas em rochas, fezes petrificadas, animais conservados no gelo ou no
interior de rochas.
O registro fóssil pode
ser encontrado em rochas sedimentares que são
formadas por partículas ou fragmentos de outras rochas, que se depositam em
camadas umas sobre as outras. É nessas rochas que a maioria dos fósseis foram
encontrados, pois sua formação é mais delicada e não prejudicam tanto o
material a ser fossilizado.
Como exemplos de rochas sedimentares temos os calcários, os arenitos, os evaporitos, etc.
Os
fósseis são classificados em:
- · Somatofósseis- são fósseis de restos somáticos, ou seja, do corpo de um organismo, como: dentes, carapaças, folhas conchas, troncos, etc.
- · Icnofósseis- são fósseis de vestígios de atividades biológicas dos organismos, como por exemplo, as pegadas, mordidas, ovos ou a casca deles, fezes (coprólitos), túneis e galerias de habitação, etc.
A fossilização ocorre por quatro processos principais:
- · A mineralização;
A fossilização pode ocorrer por
mineralização (também conhecida como petrificação).
Neste processo, o corpo do
animal ou o vegetal é coberto, rapidamente após a morte, por matéria mineral e
sedimentos finos. Depois da decomposição, os restos orgânicos duros (ossos e
dentes, por exemplo) são petrificados pelos sedimentos minerais. Ao serem
achados e abertos por arqueólogos ou paleontólogos, podem ser encontrados os
restos preservados e petrificados.
- · A moldagem;
A fossilização pode ocorrer também pelo
processo de moldagem. É parecido com a mineralização, porém os restos orgânicos
desaparecem com o tempo, ficando apenas um molde dos ossos, dentes, ou
carapaças dos animais.
- · As marcas;
Outro processo, talvez o mais encontrado
na natureza, é a formação de marcas. Seres humanos ou animais que andaram por
determinados tipos de solos, deixaram pegadas.
Estas podem ter sido conservadas
por milhares de anos, a partir da constituição do solo ou fatores climáticos.
Estas marcas revelam informações importantes, principalmente relativas à
circulação e aos deslocamentos de grupos de pessoas e animais.
- · A conservação em âmbar;
Embora alguns cientistas não considerem um tipo de fossilização,
a verdade é que a conservação de material orgânico em âmbar é também muito
importante para a ciência.
O âmbar é uma resina produzida por algumas plantas.
Insetos e aracnídeos de pequeno porte, por exemplo, tiveram seus corpos
envolvidos em âmbar no passado remoto. Esta resina conservou estes corpos, que
chegaram até os dias de hoje praticamente intactos.
A fossilização é de extrema importância para o estudo de épocas antigas, pois se constituem ótimas fontes de pesquisa, principalmente da Pré-História. A fossilização é como se vestígios históricos fossem preservados no tempo, para que nós, na atualidade, pudéssemos desvendar como era a vida dos homens e animais no passado distante.
Amonites
Eram moluscos que viviam no interior de
uma forte concha em espiral, de natureza carbonatada.
Pouco se sabe sobre o seu modo de vida,
já que o seu corpo mole dificilmente é encontrado preservado.
Alimentavam-se de pequenos peixes e
crustáceos e ocupavam o nicho ecológico das atuais lulas.
Seu nome científico é Ammonoidea, é um
derivado, surgiu no Egito Antigo, pois os egípcios associavam as conchas que
encontravam ao deus Amon.
Surgiram no período Devoniano e foram
extintos junto com os dinossauros, no final do Cretáceo, há cerca de 66 milhões de
anos atrás.
Trilobitas
Eram artrópodes característicos do
paleozóico, conhecidos apenas por registros fósseis.
Seu nome tem origem nos três lobos
longitudinais que possuem em sua carapaça, que era muito espessa e resistente
composta principalmente por carbonato de cálcio.
Seu tamanho variava entre 3 e 10
centímetros, mas algumas exceções chegavam até a 80 centímetros, viviam no
fundo oceânico e se alimentavam de detritos e algumas espécies predavam
pequenos organismos ou filtravam o plâncton.
Por: Nilton Zanesco
Graduado em Ciências Biológicas