sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Caatinga e Pantanal

Caatinga e Pantanal

Caatinga

O termo Caatinga é originário do tupi-guarani e significa mata branca. Esta área ocupa 11% do território brasileiro e representa 6,93% do território na­cional. Considerado o principal ecossistema existente na Região Nordeste, predomina no Sertão e engloba mais de 70% dessa região estendendo-se pelos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais.
O clima da caatinga é semi-árido. A ocorrência de poucas chuvas é res­ponsável por período de secas, que trazem conseqüências para alguns rios que se tornam intermitentes – temporários -, como também para o tipo de vegetação - sem folhas. É uma área com o menor índice pluviométrico. Nos curtos períodos das chuvas as folhagens das plantas voltam a brotar. Entretanto a Caatinga apresenta uma grande variedade de paisagens, com uma riqueza endêmica e biológica.
Devido ao seu clima tropical e semi-árido, a Caatinga sofre pela ausência de água e sua vegetação possui características xerofíticas. Existe também uma grande quantidade de plantas espinhosas, entremeadas de outras es­pécies como as bromeliáceas e as cactáceas.
O tipo de vegetação da Caatinga enquadra-se nas formações arbustivas; ou seja, pequenas árvores e arbustos de pequeno e médio porte de forma espaçada com a presença de cactáceas.
A vegetação desse ecossistema adaptou-se à escassez de água, por isso perdem as folhas e como conseqüência há uma diminuição da evapora­ção. Outra característica adaptativa dessa vegetação são suas raízes ra­mificadas e profundas que buscam a água no período das chuvas. Já os solos são áridos, e pedregosos.

Principais impactos ambientais
Os principais impactos ambientais sofridos pela Caatinga são decorrentes da extração de madeira, da monocultura da cana-de-açúcar e da pecuária. Historicamente a origem desses impactos está nas atividades promovidas pelos grandes proprietários de terra que promoveram a exploração econô­mica do Sertão nordestino.
Esses grandes latifundiários são responsabilizados pela degradação dessa área, pois suas atividades contribuem para o desmatamento da vegetação original; serve-se do monopólio do uso dos açudes para conseguirem ir­rigar suas terras, especialmente com as águas do Rio São Francisco, não obedecendo às regras de proteção ao meio ambiente. Os impactos devas­tadores dessas intervenções é o surgimento da salinização do solo e do assoreamento dos reservatórios, provocando dessa forma um acelerado processo de desertificação dessa região.
Para o ecossistema, o desmatamento e as queimadas - práticas ainda comuns no preparo da terra para a agropecuária -, além de destruir a co­bertura vegetal, prejudicam a existência de populações da fauna silvestre, da qualidade da água, do equilíbrio climático e a ‘saúde’ do solo.

Pantanal
Esse ecossistema está localizado na região Centro-Oeste, ocupando áreas do estado do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.
A região do Pantanal apresenta uma diversidade de ecossistemas aquáti­cos e semi-aquáticos. Ali se encontra uma reunião total das espécies de quase todos os ecossistemas do território brasileiro (cerrados, florestas, caatinga).
No Pantanal, seus ecossistemas estão cobertos predominantemente por vegetações abertas, ou seja, os chamados campos limpos e campos su­jos, os cerrados e os cerradões. Esses tipos são principalmente determi­nados por fatores do solo e do clima.
A área inundável do Pantanal representa uma das regiões úmidas mais importantes do continente sul americano. Há planícies de baixa, de média de e alta inundação e são nesses ambientes, que ocorrem inundações periodicamente, onde há uma alta produtividade biológica, uma grande densidade e uma fauna com grande diversidade.
O Fundo Mundial para a Natureza ou WWF (ONG ambientalista, com sede na Suíça) chama a atenção para a situação, onde 80% da vegetação ori­ginal, já não existe e a depredação desse ecossistema compromete uma das reservas mais importantes de água doce do planeta e o equilíbrio cli­mático, além do que essa área é responsável pela estabilização do clima no continente.

Principais impactos ambientais
Historicamente as atividades econômicas no Pantanal somente foram pos­síveis devido à conquista e o aniquilamento dos índios guatós e guaicurus promovidas por sertanistas. Foi desse modo que se implantou a pecuária na planície inundável. Essa atividade se transformou em uma economia permanente e estável, passando a representar um papel importante no abastecimento de carne bovina tanto para outros estados brasileiros como para outros países.
Podemos listar como atividades impactantes sobre o ecossistema do Pan­tanal: a agropecuária predatória; o garimpo de ouro e diamantes; a caça e a pesca predatória; a construção de rodovias e hidroelétricas sem qualquer responsabilidade e consciência ecológica e o turismo irresponsável.
Dentre as conseqüências da agropecuária predatória, podemos citar o des­matamento de extensas áreas do planalto e as queimadas. Essas ações são realizadas para a implantação das lavouras de soja, de arroz, e das pastagens. As formas de manejo das lavouras, por exemplo, resultaram, dentre outros fatores, na erosão de solos e no aumento importante da carga de partículas sedimentáveis dos vários rios existentes nessa região, agravando também o problema da contaminação desses rios com fertilizantes e biocidas.
O garimpo, por sua vez, foi o responsável pelo assoreamento e contami­nação dos rios e córregos, com mercúrio, comprometendo com isso a produtividade biológica.
Quanto ao processo de crescimento populacional, enquanto as cidades panta­neiras não apresentaram um significativo número de crescimento, as cidades do planalto, apresentaram um acelerado padrão do crescimento urbano. Esse crescimento populacional é apontado como uma das causas dos impactos ambientais devido à falta de um planejamento para uma infra-estrutura ade­quada. Assim, com o crescimento acelerado de algumas cidades, surgem problemas causados por esgotos domésticos ou pelas indústrias que poluem os cursos d’água da bacia hidrográfica. A urbanização e a industrialização cau­saram grandes impactos ambientais no Pantanal, podemos citar, por exemplo, a construção de hidrovias (Paraguai-Paraná), aeroportos, e rodovias.
O turismo também é uma atividade econômica apontado como um dos mais importantes fatores dos danos e impactos ambientais, como por exemplo, a necessidade de construção de estradas. No pantanal o eco­turismo mal planejado, - aquele que apenas busca lucros, sem respon­sabilidade social ou consciência ecológica -, participa como um fator de impacto ambiental de extrema importante.

Exercícios

Assinale as alternativas corretas:
1) A vegetação da Caatinga (sem folhas) é uma adaptação devido:
a) A riqueza biológica
b) Aos solos áridos
c) Proteção contra a escassez de água.
d) Aos rios intermitentes
2) São apontados como um dos grandes responsáveis pela depreda­ção do ecossistema da Caatinga:
a) O assoreamento dos rios
b) A monocultura da cana-de-açúcar.
c) As águas do rio São Francisco
d) Os proprietários de grandes áreas de terra - os latifundiários.
3) Os ecossistemas encontrados na região do Pantanal são:
a) Cerrados e cerradões.
b) Ecossistemas terrestres, aquáticos e semi-aquáticos.
c) Campos limpos e campos sujos.
d) Planícies de baixa, média e alta inundação.
4) O turismo e o ecoturismo são apontados como uma das atividades que contribui para os impactos diretos sobre o Pantanal. Isto se deve ao fato de:
a) Não haver um planejamento responsável.
b) Da existência das comunidades indígenas.
c) Haver uma produtividade biológica.

d) Ter havido um crescimento populacional.

Nenhum comentário:

Postar um comentário