Tutorial para pesquisa e observação de campo – Ciências Biológicas
Muitas universidades, no curso de Ciências
Biológicas, têm como aula prática o estudo e metodologias de trabalhos e
pesquisas em campo.
O objetivo deste tutorial é apresentar
as principais metodologias e equipamentos utilizados e fornecer orientações
relevantes sobre estudos de campo com espécies da fauna e da flora.
A amostragem e observação de
indivíduos em campo é necessária para obter informações como riqueza e abundância das
espécies, utilização do habitat, reprodução, dentre outros. Há diferentes
métodos para a realização de estudos sobre a ecologia e comunidade,
levantamento de espécies, trabalhos de monitoramento, censo e manejo.
Sendo assim, continuamente novos
espécimes devem ser observados em campo para que o conhecimento sobre a
diversidade seja incrementado. Portanto, é necessário que se siga uma
metodologia correta para a observação dessas espécies em trabalhos de campo, a
fim de enriquecer seu conhecimento e planejar estratégias de conservação dessas
espécies.
Alguns equipamentos básicos são necessários para a
observação de espécies em campo, como:
·
Caderno para anotações (caderneta de campo);
·
Binóculo;
·
Régua ou fita métrica;
·
Câmera fotográfica;
·
Celular;
·
GPS;
·
Garrafa com água;
Assista o vídeo explicativo, feito por biólogos de campo falando sobre os materiais usados na pesquisa de campo.
Algumas espécies não são facilmente vistos na
natureza. A maior parte deles têm hábitos noturnos, são esquivos, vivem em
áreas muitos extensas ou em habitats de difícil acesso. Os métodos para
confirmar a presença desses animais num determinado local são usados de acordo
com o tipo de estudo que se vai fazer, o porte e hábito do animal, e podemos
dividi-los em duas formas:
1.
Método de observação direta e censo visual;
2.
Método de observação indireta.
Método de observação direta
É a visão em tempo real do animal. Para eficiência desse método, é melhor que a atividade seja feita no início da manhã ou final da tarde, uma vez que a maioria das espécies são muito mais ativas nesse período.
É a visão em tempo real do animal. Para eficiência desse método, é melhor que a atividade seja feita no início da manhã ou final da tarde, uma vez que a maioria das espécies são muito mais ativas nesse período.
Censo visual
Utilizado para o monitoramento¹ de alguns grupos de animais, aves, pequenos e médios mamíferos principalmente, em uma determinada área.
Este método consiste em caminhar por trilhas que já existem (transectos²) ou pela borda de uma floresta, em silêncio e em grupos pequenos para não espantar os animais. Ao encontrar algum animal o biólogo tenta fazer a identificação da espécie e anota em sua caderneta de campo.
Utilizado para o monitoramento¹ de alguns grupos de animais, aves, pequenos e médios mamíferos principalmente, em uma determinada área.
Este método consiste em caminhar por trilhas que já existem (transectos²) ou pela borda de uma floresta, em silêncio e em grupos pequenos para não espantar os animais. Ao encontrar algum animal o biólogo tenta fazer a identificação da espécie e anota em sua caderneta de campo.
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¹ Avaliar se as populações estão aumentando ou diminuindo e como as espécies estão vivendo no ambiente.
² Linha definida a qual o pesquisador irá percorrer e preencher os pontos que são marcados numa distância entre 50 e 100 metros entre um ponto e outro.
Métodos de Observação Indireta
Este método possibilita comprovar a presença de alguns indivíduos, sem a observação do animal. Através de evidências ou vestígios deixados pelos animais. Entre evidências, temos:
· Pegadas ou rastros
· Vocalização (utilizada para o estudo de primatas e aves, principalmente);
· Fezes;
· Carcaças, pelos e arranhões;
· Ninhos, penas e ovos;
A caderneta de campo
É nela que vai ser anotado a data, o clima, o local, horário, espécie (nome popular e cientifico) e quantidade de indivíduos encontrados e se possível, um esboço (desenho) da espécie observada, para posterior consulta do estudo feito.
O resultado será uma lista de espécies e uma estimativa de abundância.
É nela que vai ser anotado a data, o clima, o local, horário, espécie (nome popular e cientifico) e quantidade de indivíduos encontrados e se possível, um esboço (desenho) da espécie observada, para posterior consulta do estudo feito.
O resultado será uma lista de espécies e uma estimativa de abundância.
Exemplos de cadernetas de campo.
Assista o vídeo explicativo, ensinando como fazer a sua própria caderneta de campo.
Como
trabalho final teremos o número de espécies existentes no local pesquisado ao
longo do período, com isso podemos fazer um levantamento de comunidades e
populações existentes, se estão aumentando ou
diminuindo e como as espécies estão vivendo no ambiente, garantindo a
sua sobrevivência, assim como novas
formas de preservação.
Todas
as descrições feitas por espécies podem ser consultadas em livros, sites e fontes confiáveis na internet.
Referências Bibliográficas
AURICCHIO, P., SALOMÃO, M. G. Técnicas de Coleta e Preparação - Vertebrados. Instituto Pau Brasil de História Natural. São Paulo. 151 p. 2002.
BERNARDE, P. S. Introdução ao Estudo da Herpetofauna Brasileira - Métodos de amostragem e Coleta. 1ª edição, 2012.
CARVALHO, O. J., LUZ, N. C. Pegadas - Livro Série Boas Práticas, EDUFPA. v.3, Belém - PA. 64p. 2008.
http://zoomamiferos.blogspot.com.br/2013/05/introducao_27.html
https://www.youtube.com/watch?v=Via6m_Rw_MU
https://www.youtube.com/watch?v=vjSpuZyXWdg
http://scienceblogs.com.br/caapora/files/2011/08/caderneta1.jpg
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Nilton Zanesco