Corpo humano
A divisão anatômica básica do corpo humano é feita em cabeça, tronco e membros. Do ponto de vista morfológico e funcional, o corpo é composto de células (componentes fundamentais), tecidos (composto de células similares que forma os órgãos) e sistemas orgânicos.
Sistemas orgânicos
São grupos de órgãos que atuam no desenvolvimento de determinada função orgânica. Podem ter características genéticas e anatômicas equivalentes, como no caso do sistema esquelético.
SISTEMA ESQUELÉTICO
Estrutura interna que dá sustentação ao corpo. Formada de ossos, articulações e cartilagens. Junto com o sistema muscular estriado, compõe o aparelho locomotor. O esqueleto tem função também de proteção de vários órgãos vitais – como os do crânio, que protegem o cérebro, ou os da caixa torácica, que protegem o coração e os pulmões.
Produção dos glóbulos – Além das funções de natureza física e mecânica, vários ossos desempenham papel na formação do sangue, alojando a medula vermelha, que produz glóbulos vermelhos (hemácias) e brancos (leucócitos).
Esqueleto – O esqueleto adulto tem 206 ossos. Divide-se em axial (ossos da cabeça e do tronco) e apendicular (ossos dos membros). Formados de sais minerais, especialmente o fosfato de cálcio, os ossos são também estruturas vivas, repletas de células nutridas pelo sangue.
Maior osso do corpo humano – É o fêmur, da coxa, com cerca de 50 cm num homem de 1,80 m; o menor é o estribo, no ouvido, com 2,6 a 3,4 mm.
Articulações – Fazem as ligações entre os ossos. Podem ser móveis (diartrose), como as do joelho; semimóveis (anfiartrose), como a sínfise pubiana; e fixas (sinartrose), como as dos ossos do crânio.
Doenças relacionadas: raquitismo, osteoporose.
SISTEMA MUSCULAR
Comumente se refere ao conjunto de centenas de músculos voluntários (estriados), conhecidos como músculos esqueléticos, e de suas formações acessórias, como tendões e aponeuroses. Existem também os músculos lisos, que compõem a estrutura de vários órgãos e o involuntário (músculo cardíaco).
Fibra muscular – A principal propriedade da fibra muscular é ser contrativa. Quando o músculo se contrai, chega a ficar com um terço de seu comprimento. Essa contração consome energia e produz calor.
Doenças relacionadas: distensões, distrofia muscular.
SISTEMA CIRCULATÓRIO
Constitui um sistema fechado e contínuo. É formado por coração e vasos, dentro dos quais circula o sangue.
Coração – Órgão central do sistema. É uma estrutura fundamentalmente muscular que atua como bomba, enviando e recebendo sangue pelos vasos. Funciona ritmicamente por meio de contrações (sístoles) e relaxamentos (diástoles) que se sucedem. Anatomicamente, o coração é dividido em duas metades (direita e esquerda). Cada uma apresenta parte superior (átrios) e inferior (ventrículos).
Batimentos cardíacos – No homem adulto, o coração gera em torno de 72 batimentos por minuto (freqüência normal).
Vasos sanguíneos – São estruturas tubulares que permitem que o sangue do coração chegue a todas as partes do organismo e vice-versa.
Pressão arterial – Para irrigar o organismo, o sangue se encontra sob pressão no interior do sistema cardiovascular. Um aparelho chamado esfigmomanômetro mede a pressão arterial em milímetros de mercúrio (mmHg). Apresenta-se como pressão arterial sistólica (medida durante a contração cardíaca) e pressão arterial diastólica (fase de relaxamento cardíaco). Os valores considerados normais para um adulto são 120 mmHg (sistólica) por 80 mmHg (diastólica), ou 12 por 8, no uso comum.
Sangue – É o fluido que circula no interior do sistema cardiovascular e que alimenta todas as células do organismo. Tem uma parte líquida (o plasma), rica em proteínas, glicose (açúcar) e outros elementos nutritivos. A outra parte, sólida, é formada de células sanguíneas. Entre elas se distinguem os glóbulos vermelhos (hemácias), que transportam oxigênio, glóbulos brancos (leucócitos), responsáveis pela defesa do organismo e as plaquetas, que participam da coagulação sanguínea.
Sangue arterial e venoso – O sangue rico em oxigênio e pobre em gás carbônico é chamado arterial, o inverso é denominado venoso. De um modo geral, pode-se dizer que o sangue arterial é conduzido pelas artérias e o sangue venoso, pelas veias. São exceções a artéria pulmonar e seus ramos, que conduzem sangue venoso do coração aos pulmões e as veias pulmonares, que levam sangue arterial dos pulmões ao coração.
Circulação sanguínea – A circulação que vai do ventrículo direito ao átrio esquerdo, passando pelos pulmões, é chamada pequena (pulmonar); a que vai do ventrículo esquerdo ao átrio direito, passando pelos diferentes órgãos, é a grande circulação (geral). O sangue arterial é bombeado pelo coração através da aorta (artéria de maior calibre do organismo) para os órgãos, aos quais chega após passar por vasos arteriais cada vez menores e por capilares. Nos órgãos, o sangue arterial deixa oxigênio e recebe gás carbônico e outros produtos metabolizados pelas células. Esse sangue torna-se venoso e segue através de capilares e vasos venosos para o átrio direito, aonde chega pelas veias cavas superior e inferior, que são veias de grande calibre. Do átrio direito, o sangue venoso passa para o ventrículo direito, de onde é bombeado para os pulmões. Nos pulmões, o sangue libera o gás carbônico trazido dos tecidos e capta oxigênio, transformando-se novamente em arterial. As veias pulmonares enviam o sangue arterial ao átrio esquerdo. Deste, passa ao ventrículo esquerdo e recomeça o ciclo.
Doenças relacionadas: arteriosclerose, enfarte do miocárdio, hipertensão arterial.
SISTEMA NERVOSO
Desempenha funções de percepção e processamento de informações. Produz e controla os movimentos e atos do organismo. Grande parte de suas atividades tem origem na captação de estímulos visuais, auditivos, térmicos, gustativos, olfativos ou táteis pelos receptores sensoriais (olhos, ouvidos, nariz, língua e pele). Tais estímulos podem desencadear uma resposta imediata e reflexa ou ser memorizados e armazenados no cérebro.
Neurônio – É a célula nervosa que constitui a unidade anatômica e funcional desse sistema. Os neurônios motores podem chegar a ter mais de um metro de comprimento (estão entre as maiores células que existem). Cada neurônio é capaz de relacionar-se com dezenas de outros; daí se origina uma rede de fibras nervosas. Os nervos têm por função conduzir impulsos da periferia para o centro e vice-versa. A estocagem de informação é chamada memória.
Sistema central e periférico – Classicamente, o sistema nervoso é subdividido em uma parte central, representada pelo encéfalo e pela medula espinhal (o neuroeixo, contido na caixa craniana e no canal vertebral), e outra periférica, representada pelos nervos (feixes de fibras nervosas situados fora do neuroeixo). O sistema nervoso humano divide-se em três níveis: medular, encefálico inferior e encefálico superior.
Nível medular – É o mais primitivo. Está localizado na medula espinhale é responsável pelos reflexos motores inconscientes, como o de coçar.
Nível encefálico inferior – Engloba as partes inferiores do cérebro: bulbo, ponte, mesencéfalo, hipotálamo, tálamo, gânglios basais e cerebelo. É responsável pelas atividades inconscientes, como controle da pressão arterial, equilíbrio, respiração, salivação e muitas das expressões emocionais, como raiva, excitação e atividades sexuais.
Nível encefálico superior ou cortical – Está no córtex cerebral e é sede da consciência e do raciocínio. É onde acontece a recepção das sensações e emissão das ordens para os movimentos voluntários.
Doenças relacionadas: encefalite, meningite, mal de Parkinson.
SISTEMA ENDÓCRINO
É formado pelas glândulas endócrinas e estruturas constituídas de células secretoras. Podem aparecer como minúsculos fragmentos de tecido endócrino em outros órgãos (como as células foliculares no ovário) ou formar um único órgão visível a olho nu.
Glândulas endócrinas – São a hipófise, a tireóide, as paratireóides, as supra-renais, o pâncreas, os ovários e os testículos. Produzem hormônio e atuam na regulação química do organismo. O fígado, apesar de não produzir hormônio, secreta substâncias diretamente no sangue, sendo, por isso, considerado órgão endócrino. A principal característica das glândulas endócrinas é produzir substâncias que vão atuar longe delas.
Hormônios – Atuam como reguladores químicos, desencadeando, inibindo, ativando ou mantendo, em conjunto com o sistema nervoso, determinadas funções, como crescimento, ciclos reprodutores e estabilidade metabólica.
Doenças relacionadas: bócio, hipertireoidismo, diabete.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Sua função principal é obter oxigênio e eliminar gás carbônico (dióxido de carbono). O sistema envolve o funcionamento pelas narinas (nariz), traquéia, laringe, pulmões e diafragma.
Narinas – Têm a função de conduzir, aquecer, umedecer e filtrar o ar. A entrada de ar também pode ser complementada pela boca. Do nariz ou da boca o ar passa pela garganta (faringe). A caixa craniana contém cavidades (seios da face) que estão cheias de ar.
Traquéia – Depois de passar pela garganta, o ar entra na traquéia, tubo subdividido em dois brônquios que levam o ar até o pulmão. Uma lâmina chamada epiglote fecha o orifício superior do tubo quando a pessoa come ou bebe e abre-se apenas para a passagem do ar.
Laringe – Órgão responsável pela voz. Localizada na parte superior da traquéia, a laringe constitui-se de duas membranas que se estiram quando o ar é expelido, formando o som.
Pulmões – Principais órgãos do sistema respiratório. São duas grandes massas esponjosas localizadas no tórax e protegidas pelas costelas. O ar chega aos pulmões através de bronquíolos (ramificações dos brônquios). Estes carregam de ar os alvéolos pulmonares (microscópicos "sacos de ar" de paredes finíssimas). Nos alvéolos, o ar inspirado irá oxigenar o sangue e receber deste o gás carbônico produzido por todas as células do organismo. Os pulmões possuem cerca de 300 milhões de alvéolos.
Diafragma – É o músculo responsável, junto com os músculos das costelas, pelo movimento constante dos pulmões, o que permite a entrada e a saída de ar. Está localizado na base dos pulmões, acima do abdômen. Quando o diafragma se expande (inspiração), o ar é sugado através das narinas e da boca. Quando ele se contrai, o ar é expulso (expiração), eliminando o gás carbônico no ar expirado.
Doenças relacionadas: pneumonia, tuberculose, bronquite.
SISTEMA DIGESTIVO
É constituído pelo tubo digestivo, formado em disposição contínua pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo), intestino grosso, reto e ânus. Sua função é preparar os alimentos e absorver seus nutrientes. As principais glândulas que se ligam a esse sistema são as salivares, o fígado e o pâncreas.
Processo de digestão – Começa na boca, onde dentes e língua trituram os alimentos, misturando-os com a saliva. No estômago, o suco gástrico desintegra as fibras dos alimentos e prepara o bolo alimentar que no intestino delgado sofre ação do suco pancreático e da bile. No intestino delgado ocorre ainda grande parte da absorção dos nutrientes. No intestino grosso, a água, os minerais e algumas vitaminas são absorvidos. Pela veia porta, esses nutrientes chegam ao fígado, onde são armazenados ou, após metabolismo, enviados à corrente sanguínea. A defecação é a última etapa do processo e ocorre quando as fezes são expulsas através do ânus, que contém o esfíncter (anel musculoso), terminal do tubo digestivo que controla voluntariamente esse ato.
Doenças relacionadas: gastrite, úlcera péptica, cirrose hepática, hepatite, hemorróidas.
SISTEMA URINÁRIO
Formado pelos órgãos urinários (rins, ureteres, bexiga e uretra), sua função é produzir e eliminar a urina, que contém produtos do metabolismo desnecessários ao organismo.
Rins – Processam o plasma sanguíneo e mantêm o volume hídrico do corpo, excretando os líquidos excedentes.
Ureteres – São tubos fibromusculares que conduzem a urina para a bexiga, de onde a urina é drenada para fora do corpo pela uretra, canal que atinge cerca de 20 cm no homem adulto e 4 cm na mulher adulta.
Doenças relacionadas: nefrite, infecções do trato urinário (pielonefrite, cistite), cálculos renais.
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
Os espermatozóides (células reprodutoras) e a testosterona (hormônio sexual masculino) são produzidos por ação dos testículos, as duas glândulas sexuais que se alojam no escroto. A testosterona aparece em abundância na puberdade e provoca o crescimento dos órgãos sexuais, o fortalecimento de ossos e músculos, o alargamento das cordas vocais (engrossamento da voz) e o surgimento dos pêlos no corpo. O desenvolvimento das células do esperma requer uma temperatura de cerca de 35 graus centígrados, atingida pelo fato de estas células estarem no escroto, separadas das partes mais quentes do corpo. O duto deferente, que percorre a cavidade pélvica e atravessa a parede abdominal, conduz os espermatozóides para a uretra, que desemboca no duto ejaculador. Nessa fase, as secreções da glândula prostática (ou próstata) e das vesículas seminais são adicionadas ao espermatozóide, formando o sêmen (ou esperma). A uretra atravessa duas estruturas diferentes: a próstata, a camada fibromuscular (diafragma urogenital) e, na sua porção distal, é envolvida pelo corpo esponjoso do pênis.
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
É formado pela vulva, vagina, útero, ovários e mamas. A vulva é o conjunto dos órgãos genitais externos da mulher. A vagina é um canal com revestimento fibromuscular, pelo qual escoa a menstruação. Também recebe o sêmen e, no parto, leva o bebê do útero ao exterior. O útero é dividido em duas partes: o colo, localizado no alto da vagina; e o corpo, no interior da pélvis, que dá origem à menstruação e abriga o feto. O ovário produz os óvulos e secreta os hormônios estrógeno e progesterona. O estrógeno é responsável pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários (crescimento da mama, alargamento dos quadris, aparecimento de pêlos pubianos).
A divisão anatômica básica do corpo humano é feita em cabeça, tronco e membros. Do ponto de vista morfológico e funcional, o corpo é composto de células (componentes fundamentais), tecidos (composto de células similares que forma os órgãos) e sistemas orgânicos.
Sistemas orgânicos
São grupos de órgãos que atuam no desenvolvimento de determinada função orgânica. Podem ter características genéticas e anatômicas equivalentes, como no caso do sistema esquelético.
SISTEMA ESQUELÉTICO
Estrutura interna que dá sustentação ao corpo. Formada de ossos, articulações e cartilagens. Junto com o sistema muscular estriado, compõe o aparelho locomotor. O esqueleto tem função também de proteção de vários órgãos vitais – como os do crânio, que protegem o cérebro, ou os da caixa torácica, que protegem o coração e os pulmões.
Produção dos glóbulos – Além das funções de natureza física e mecânica, vários ossos desempenham papel na formação do sangue, alojando a medula vermelha, que produz glóbulos vermelhos (hemácias) e brancos (leucócitos).
Esqueleto – O esqueleto adulto tem 206 ossos. Divide-se em axial (ossos da cabeça e do tronco) e apendicular (ossos dos membros). Formados de sais minerais, especialmente o fosfato de cálcio, os ossos são também estruturas vivas, repletas de células nutridas pelo sangue.
Maior osso do corpo humano – É o fêmur, da coxa, com cerca de 50 cm num homem de 1,80 m; o menor é o estribo, no ouvido, com 2,6 a 3,4 mm.
Articulações – Fazem as ligações entre os ossos. Podem ser móveis (diartrose), como as do joelho; semimóveis (anfiartrose), como a sínfise pubiana; e fixas (sinartrose), como as dos ossos do crânio.
Doenças relacionadas: raquitismo, osteoporose.
SISTEMA MUSCULAR
Comumente se refere ao conjunto de centenas de músculos voluntários (estriados), conhecidos como músculos esqueléticos, e de suas formações acessórias, como tendões e aponeuroses. Existem também os músculos lisos, que compõem a estrutura de vários órgãos e o involuntário (músculo cardíaco).
Fibra muscular – A principal propriedade da fibra muscular é ser contrativa. Quando o músculo se contrai, chega a ficar com um terço de seu comprimento. Essa contração consome energia e produz calor.
Doenças relacionadas: distensões, distrofia muscular.
SISTEMA CIRCULATÓRIO
Constitui um sistema fechado e contínuo. É formado por coração e vasos, dentro dos quais circula o sangue.
Coração – Órgão central do sistema. É uma estrutura fundamentalmente muscular que atua como bomba, enviando e recebendo sangue pelos vasos. Funciona ritmicamente por meio de contrações (sístoles) e relaxamentos (diástoles) que se sucedem. Anatomicamente, o coração é dividido em duas metades (direita e esquerda). Cada uma apresenta parte superior (átrios) e inferior (ventrículos).
Batimentos cardíacos – No homem adulto, o coração gera em torno de 72 batimentos por minuto (freqüência normal).
Vasos sanguíneos – São estruturas tubulares que permitem que o sangue do coração chegue a todas as partes do organismo e vice-versa.
Pressão arterial – Para irrigar o organismo, o sangue se encontra sob pressão no interior do sistema cardiovascular. Um aparelho chamado esfigmomanômetro mede a pressão arterial em milímetros de mercúrio (mmHg). Apresenta-se como pressão arterial sistólica (medida durante a contração cardíaca) e pressão arterial diastólica (fase de relaxamento cardíaco). Os valores considerados normais para um adulto são 120 mmHg (sistólica) por 80 mmHg (diastólica), ou 12 por 8, no uso comum.
Sangue – É o fluido que circula no interior do sistema cardiovascular e que alimenta todas as células do organismo. Tem uma parte líquida (o plasma), rica em proteínas, glicose (açúcar) e outros elementos nutritivos. A outra parte, sólida, é formada de células sanguíneas. Entre elas se distinguem os glóbulos vermelhos (hemácias), que transportam oxigênio, glóbulos brancos (leucócitos), responsáveis pela defesa do organismo e as plaquetas, que participam da coagulação sanguínea.
Sangue arterial e venoso – O sangue rico em oxigênio e pobre em gás carbônico é chamado arterial, o inverso é denominado venoso. De um modo geral, pode-se dizer que o sangue arterial é conduzido pelas artérias e o sangue venoso, pelas veias. São exceções a artéria pulmonar e seus ramos, que conduzem sangue venoso do coração aos pulmões e as veias pulmonares, que levam sangue arterial dos pulmões ao coração.
Circulação sanguínea – A circulação que vai do ventrículo direito ao átrio esquerdo, passando pelos pulmões, é chamada pequena (pulmonar); a que vai do ventrículo esquerdo ao átrio direito, passando pelos diferentes órgãos, é a grande circulação (geral). O sangue arterial é bombeado pelo coração através da aorta (artéria de maior calibre do organismo) para os órgãos, aos quais chega após passar por vasos arteriais cada vez menores e por capilares. Nos órgãos, o sangue arterial deixa oxigênio e recebe gás carbônico e outros produtos metabolizados pelas células. Esse sangue torna-se venoso e segue através de capilares e vasos venosos para o átrio direito, aonde chega pelas veias cavas superior e inferior, que são veias de grande calibre. Do átrio direito, o sangue venoso passa para o ventrículo direito, de onde é bombeado para os pulmões. Nos pulmões, o sangue libera o gás carbônico trazido dos tecidos e capta oxigênio, transformando-se novamente em arterial. As veias pulmonares enviam o sangue arterial ao átrio esquerdo. Deste, passa ao ventrículo esquerdo e recomeça o ciclo.
Doenças relacionadas: arteriosclerose, enfarte do miocárdio, hipertensão arterial.
SISTEMA NERVOSO
Desempenha funções de percepção e processamento de informações. Produz e controla os movimentos e atos do organismo. Grande parte de suas atividades tem origem na captação de estímulos visuais, auditivos, térmicos, gustativos, olfativos ou táteis pelos receptores sensoriais (olhos, ouvidos, nariz, língua e pele). Tais estímulos podem desencadear uma resposta imediata e reflexa ou ser memorizados e armazenados no cérebro.
Neurônio – É a célula nervosa que constitui a unidade anatômica e funcional desse sistema. Os neurônios motores podem chegar a ter mais de um metro de comprimento (estão entre as maiores células que existem). Cada neurônio é capaz de relacionar-se com dezenas de outros; daí se origina uma rede de fibras nervosas. Os nervos têm por função conduzir impulsos da periferia para o centro e vice-versa. A estocagem de informação é chamada memória.
Sistema central e periférico – Classicamente, o sistema nervoso é subdividido em uma parte central, representada pelo encéfalo e pela medula espinhal (o neuroeixo, contido na caixa craniana e no canal vertebral), e outra periférica, representada pelos nervos (feixes de fibras nervosas situados fora do neuroeixo). O sistema nervoso humano divide-se em três níveis: medular, encefálico inferior e encefálico superior.
Nível medular – É o mais primitivo. Está localizado na medula espinhale é responsável pelos reflexos motores inconscientes, como o de coçar.
Nível encefálico inferior – Engloba as partes inferiores do cérebro: bulbo, ponte, mesencéfalo, hipotálamo, tálamo, gânglios basais e cerebelo. É responsável pelas atividades inconscientes, como controle da pressão arterial, equilíbrio, respiração, salivação e muitas das expressões emocionais, como raiva, excitação e atividades sexuais.
Nível encefálico superior ou cortical – Está no córtex cerebral e é sede da consciência e do raciocínio. É onde acontece a recepção das sensações e emissão das ordens para os movimentos voluntários.
Doenças relacionadas: encefalite, meningite, mal de Parkinson.
SISTEMA ENDÓCRINO
É formado pelas glândulas endócrinas e estruturas constituídas de células secretoras. Podem aparecer como minúsculos fragmentos de tecido endócrino em outros órgãos (como as células foliculares no ovário) ou formar um único órgão visível a olho nu.
Glândulas endócrinas – São a hipófise, a tireóide, as paratireóides, as supra-renais, o pâncreas, os ovários e os testículos. Produzem hormônio e atuam na regulação química do organismo. O fígado, apesar de não produzir hormônio, secreta substâncias diretamente no sangue, sendo, por isso, considerado órgão endócrino. A principal característica das glândulas endócrinas é produzir substâncias que vão atuar longe delas.
Hormônios – Atuam como reguladores químicos, desencadeando, inibindo, ativando ou mantendo, em conjunto com o sistema nervoso, determinadas funções, como crescimento, ciclos reprodutores e estabilidade metabólica.
Doenças relacionadas: bócio, hipertireoidismo, diabete.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Sua função principal é obter oxigênio e eliminar gás carbônico (dióxido de carbono). O sistema envolve o funcionamento pelas narinas (nariz), traquéia, laringe, pulmões e diafragma.
Narinas – Têm a função de conduzir, aquecer, umedecer e filtrar o ar. A entrada de ar também pode ser complementada pela boca. Do nariz ou da boca o ar passa pela garganta (faringe). A caixa craniana contém cavidades (seios da face) que estão cheias de ar.
Traquéia – Depois de passar pela garganta, o ar entra na traquéia, tubo subdividido em dois brônquios que levam o ar até o pulmão. Uma lâmina chamada epiglote fecha o orifício superior do tubo quando a pessoa come ou bebe e abre-se apenas para a passagem do ar.
Laringe – Órgão responsável pela voz. Localizada na parte superior da traquéia, a laringe constitui-se de duas membranas que se estiram quando o ar é expelido, formando o som.
Pulmões – Principais órgãos do sistema respiratório. São duas grandes massas esponjosas localizadas no tórax e protegidas pelas costelas. O ar chega aos pulmões através de bronquíolos (ramificações dos brônquios). Estes carregam de ar os alvéolos pulmonares (microscópicos "sacos de ar" de paredes finíssimas). Nos alvéolos, o ar inspirado irá oxigenar o sangue e receber deste o gás carbônico produzido por todas as células do organismo. Os pulmões possuem cerca de 300 milhões de alvéolos.
Diafragma – É o músculo responsável, junto com os músculos das costelas, pelo movimento constante dos pulmões, o que permite a entrada e a saída de ar. Está localizado na base dos pulmões, acima do abdômen. Quando o diafragma se expande (inspiração), o ar é sugado através das narinas e da boca. Quando ele se contrai, o ar é expulso (expiração), eliminando o gás carbônico no ar expirado.
Doenças relacionadas: pneumonia, tuberculose, bronquite.
SISTEMA DIGESTIVO
É constituído pelo tubo digestivo, formado em disposição contínua pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo), intestino grosso, reto e ânus. Sua função é preparar os alimentos e absorver seus nutrientes. As principais glândulas que se ligam a esse sistema são as salivares, o fígado e o pâncreas.
Processo de digestão – Começa na boca, onde dentes e língua trituram os alimentos, misturando-os com a saliva. No estômago, o suco gástrico desintegra as fibras dos alimentos e prepara o bolo alimentar que no intestino delgado sofre ação do suco pancreático e da bile. No intestino delgado ocorre ainda grande parte da absorção dos nutrientes. No intestino grosso, a água, os minerais e algumas vitaminas são absorvidos. Pela veia porta, esses nutrientes chegam ao fígado, onde são armazenados ou, após metabolismo, enviados à corrente sanguínea. A defecação é a última etapa do processo e ocorre quando as fezes são expulsas através do ânus, que contém o esfíncter (anel musculoso), terminal do tubo digestivo que controla voluntariamente esse ato.
Doenças relacionadas: gastrite, úlcera péptica, cirrose hepática, hepatite, hemorróidas.
SISTEMA URINÁRIO
Formado pelos órgãos urinários (rins, ureteres, bexiga e uretra), sua função é produzir e eliminar a urina, que contém produtos do metabolismo desnecessários ao organismo.
Rins – Processam o plasma sanguíneo e mantêm o volume hídrico do corpo, excretando os líquidos excedentes.
Ureteres – São tubos fibromusculares que conduzem a urina para a bexiga, de onde a urina é drenada para fora do corpo pela uretra, canal que atinge cerca de 20 cm no homem adulto e 4 cm na mulher adulta.
Doenças relacionadas: nefrite, infecções do trato urinário (pielonefrite, cistite), cálculos renais.
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
Os espermatozóides (células reprodutoras) e a testosterona (hormônio sexual masculino) são produzidos por ação dos testículos, as duas glândulas sexuais que se alojam no escroto. A testosterona aparece em abundância na puberdade e provoca o crescimento dos órgãos sexuais, o fortalecimento de ossos e músculos, o alargamento das cordas vocais (engrossamento da voz) e o surgimento dos pêlos no corpo. O desenvolvimento das células do esperma requer uma temperatura de cerca de 35 graus centígrados, atingida pelo fato de estas células estarem no escroto, separadas das partes mais quentes do corpo. O duto deferente, que percorre a cavidade pélvica e atravessa a parede abdominal, conduz os espermatozóides para a uretra, que desemboca no duto ejaculador. Nessa fase, as secreções da glândula prostática (ou próstata) e das vesículas seminais são adicionadas ao espermatozóide, formando o sêmen (ou esperma). A uretra atravessa duas estruturas diferentes: a próstata, a camada fibromuscular (diafragma urogenital) e, na sua porção distal, é envolvida pelo corpo esponjoso do pênis.
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
É formado pela vulva, vagina, útero, ovários e mamas. A vulva é o conjunto dos órgãos genitais externos da mulher. A vagina é um canal com revestimento fibromuscular, pelo qual escoa a menstruação. Também recebe o sêmen e, no parto, leva o bebê do útero ao exterior. O útero é dividido em duas partes: o colo, localizado no alto da vagina; e o corpo, no interior da pélvis, que dá origem à menstruação e abriga o feto. O ovário produz os óvulos e secreta os hormônios estrógeno e progesterona. O estrógeno é responsável pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários (crescimento da mama, alargamento dos quadris, aparecimento de pêlos pubianos).
http://www.vestibular1.com.br/revisao/r297.htm
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