sábado, 18 de julho de 2015

Sistema Nervoso


O SISTEMA NERVOSO DOS INVERTEBRADO
O sistema nervoso aparece pela primeira vez na escala evolutiva animal entre os celenterados.
Nesses animais tem - se o sistema nervoso difuso, so assim chamado por ser destituído de centros coordenadores das funções nervosas. È, portanto, relativamente simples e consiste numa rede de células nervosas espelhadas pelo corpo do animal
Nos platelmintos surge, pela primeira vez, um sistema nervoso central constituído de gânglios nervosos, que são aglomerados de neurônios situados na cabeça, sugerindo um rudimento de cefalização. È o sistema nervoso ganglionar, que se torna mais aperfeiçoado em animais como os anelídeos e principalmente artrópodes e moluscos cefalópodes.

O SISTEMA NERVOSO DOS VERTEBRADOS
Em quanto o sistema nervoso ganglionar dos invertebrados apresenta um duplo cordão nervoso situado na região ventral, nos vertebrados o sistema nervoso apresenta-se disposto dorsalmente e protegido pela caixa craniana e pela coluna vertebral.
Anatomicamente, o sistema nervoso dos vertebrados subdivide-se em central (SNC) e periférico (SNP).
O SNC é constituído pelo encéfalo: massa nervosa situada na caixa craniana e pela medula espinhal - filamento nervoso que percorre o interior do canal da coluna vertebral.
O encéfalo apresenta basicamente as seguintes regiões cérebro, cerebelo, ponte e bulbo.
O SNP, por sua vez, é formado basicamente por uma rede de nervosos que se espalham ao longo de todo o organismo.
O cérebro ocupa quase toda a caixa craniana.
A camada superficial so cérebro é denominada córtex cerebral e abriga neurônios que governam as ações voluntárias desenvolvidas pelo indivíduo, além de comandar atos inconscientes abrigar centros nervosos relacionados com os sentidos, a memória, o pensamento e a inteligência.
O bulbo, situado logo acima da medula espinhal, regula o ritmo cardiorrespiratório e certos atos reflexos, como deglutição, sucção, mastigação, vomito, tosse, secreção lacrimal e o piscar de olhos.
A ponte situa-se acima do bulbo e se relaciona com reflexos associados às emoções, como o riso e as lágrimas.
O cerebelo, situado abaixo do cérebro e atrás da ponte, regula o equilíbrio e a tonicidade muscular. È por isso que animais com cérebro extirpado (em experiências laboratoriais) são incapazes de manter-se equilibrados e apresentam um quadro de enfraquecimento e diminuição do tônus muscular.
A medula espinhal, exerce a função de condutora de impulsos nervosos e é sede de muitos atos reflexos.

O ARCO REFLEXO
Os atos reflexos são respostas involuntárias a um estimulo sensorial.
Consideremos um exemplo bem conhecido chamado reflexo patelar ou rotuliano.
O médico aplica um leve golpe com um martelo de borracha no joelho do paciente, excitado às extremidades nervosas (dendritos) dos neurônios sensitivos ou eferentes. Imediatamente, os axônios desses neurônios transmitem a informação adquirida ate a medula (SNC), penetrando-lhe pela região dorsal. 
No caso do reflexo patelar, os neurônios sensoriais transmitem o impulso nervoso diretamente para os neurônios motores, que partem da região ventral medular e vão estimular os músculos da coxa, fato que determina o movimento da perna, que se encontrava dobrada e pendendo livremente. O impulso nervoso é também transmitido pela medula ate o cérebro, onde ao ser interpretado, confere ao indivíduo a consciência da pancada. Em outros reflexos, mas complexos do que o reflexo patelar verifica-se a participação de neurônios associativos da medula, que transformam a informação adquirida em ordem de ação.
No exemplo do reflexo patelar, o cérebro não participa do arco reflexo em si. Se houvesse rompimento da junção entre a, medula e o cérebro, o ato de levantar a perna continuaria ocorrendo, embora o cérebro não mais receba as informações sensitivas; o individuo não teria mais consciência da pancada no joelho. Por outro lado, se houvesse secção apenas da raiz nervosa ventral motora, que envia impulsos aos órgãos efetores, o ato reflexo não ocorreria: o indivíduo não contraria os músculos da coxa, embora agora tivesse noção da pancada no joelho.
Conclui-se então, que o reflexo patelar é coordenado pela medula espinhal; por isso é um caso de reflexo medular.
Mas o bulbo, a ponte e outros órgãos encefálicos são também centros reflexos, coordenando atos como vômitos, deglutição, piscar de olho (bulbo), risos, lagrimas ,(ponte),entre outros.

O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (SNA)
Nosso organismo é dotado de um sistema nervoso denominado visceral ou neurovegetativo, que regula as atividades de um órgão como estômago, o intestino, o coração, etc.
O sistema nervoso visceral ou neurovegetativo é dotado de duas estruturas:
Vias aferente ou sensitivas -- que transmitem até regiões específicas do SNC as informações adquiridas pelos receptores nervosos presentes nas vísceras (visceroceptores);
Vias eferentes ou motoras - que transmitem impulsos dos centros nervosos do SNC até as estruturas viscerais, como glândulas.
O sistema nervoso autônomo (SNA) é o componente eferente o motor do sistema nervoso visceral. Subdivide - se em simpático e parassimpático, com atividades geralmente antagônicas.
As neurofibras (fibras nervosas) do SNA - simpático liberam nos órgãos viscerais o neurormônio de adrenalina. Daí essas fibras serem chamadas de adrenérgicas. Já as neurofibras do SNA - parassimpáticos liberam nos órgãos viscerais o neurormônio acetilcolina; essas fibras são chamadas de colinérgicas.
O SNA - simpático promove aumento da freqüência cardíaca, dilatação dos brônquios e da pupila, diminuição do peristaltismo, secreção escassa e viscosa de saliva, aumento da atividade mental e da pressão sanguínea, entre outras funções. O SNA - parassimpático tem funções contraria às citadas.

(colaboração de Tânia Alves)

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