terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Jararaca

Jararaca
A serpente à qual esse nome cabe em rigor é Bothrops jararaca; contudo é aplicado também a duas outras formas aliadas (B. atrox e B. jararacussu, às quais, aliás, também se confere às vezes apenas a categoria de subespécies), que o povo costuma distinguir como “jararacuçu”.
É uma espécie endêmica do sul Brasil, Paraguai e norte da Argentina. A espécie prefere florestas tropicais e savana país, assim como semitropical florestas de montanha e áreas de terras agrícolas, com cobertura vegetal próxima. São predadores de aves e pequenos mamíferos, também são de extrema importância na cadeia alimentar, atuando no controle desordenado espécies invasoras como as de roedores. É considerada a cobra venenosa mais conhecida nas áreas ricas e densamente povoadas da região sudeste do Brasil.

(B. jararaca)

(B. jararacussu)

O caráter anatômico, seguro, para distinguir a jararaca dos outros viperídeos, consiste em verificar se a segunda escama labial superior forma a margem anterior da covinha oral; nas demais espécies há nesse ponto, interposição de outras escamas pequenas. A cor geral é variável: verde-oliva escura, parda ou mesmo amarelada. O desenho consiste é triângulos ou arcos escuros, margeados de amarelo, com o vértice atingindo o fio das costas. A cabeça é irregularmente desenhada. A dimensão máxima atingida por B. Jararaca é de 1,5 metro. B. atrox, a “caiçara”, distingui-se pelo tom pardo avermelhado ou cinzento, de aspecto aveludado, e a cabeça não tem desenho distinto. A forma B. Jararacussu atinge 2,2 metros de comprimento, e o número de escamas subventrais é de apenas de 170 a 176 (sendo de 195 a 200 nas formas precedentes), e o colorido geral é muito sombrio, destacando-se por isso mais francamente no desenho amarelo, em linhas mais oblíquas. Dessa variedade o Dr. Vital Brazil extraiu até 1,3 cm³ de veneno, quando as outras espécies do gênero fornecem apenas 0,5 cm³. Iguala assim a quantidade de veneno com a cascavel. Observam-se no homem os seguintes fenômenos, em consequência de um acidente grave: a princípio, dores locais e, meia hora depois, náuseas, perturbação visual, sonolência e hemorragia pelo nariz e pelos ouvidos. Aplicando a esse tempo soro antibotrópico ou antiofídico, a cura é rápida. Do contrário a morte sobrevêm em espaço mais ou meno breve, conforme a quantidade de veneno injetado.


Por: Nilton Zanesco
Graduado em Ciências Biológicas





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