quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

A riqueza ecológica dos recifes de coral

A riqueza ecológica dos recifes de coral
Os corais somente se desenvolvem em águas rasas, límpidas e quentes, condições encontradas nas regiões tropicais. Enquanto essas condições se mantêm, as gerações de corais se sucedem, crescendo sobre o esqueleto calcário das que já morreram. Deste modo, os recifes de coral crescem até formarem verdadeiras muralhas nas regiões costeiras.
Nos recifes de coral, não vivem apenas corais. A eles se associam muitas algas, que servem de alimento para outros animais. A combinação de condições ambientais favoráveis e fartura de alimento faz com que nos recifes haja uma grande diversidade de formas de vida. Os recifes são os equivalentes marinhos das florestas tropicais. Muitas espécies marinhas, inclusive peixes consumidos comercialmente, procuram o abrigo e a riqueza de vida dos recifes para se reproduzirem.
Toda riqueza biológica dos recifes vive em um equilíbrio muito delicado e dependente dos corais. Infelizmente, o esqueleto calcário dos corais é muito apreciado como ornamentação. Por isso, em toda parte os corais são arrancados, levando muitos recifes à destruição. E as interferências humanas que destroem os corais podem levar ao empobrecimento da diversidade de recifes.
A maior barreira de recifes de coral existentes na Terra encontra-se na Austrália. Trata-se da Grande Barreira de Recifes, que é composta de 2900 recifes individuais e de novecentas ilhas, estendendo-se por 2 mil quilômetros ao longo da costa do nordeste da Austrália.
Partes da Grande Barreira estão desaparecendo numa velocidade alarmante, conforme se constata por comparações fotográficas por satélite. As razões deste sumiço são o desmatamento, o aumento das lavouras de cana-de-açúcar e de pastagens e o principal vilão, o aquecimento global, pois, o dióxido de carbono em grande quantidade na atmosfera, pode levar ao branqueamento e o aparecimento de doenças nos recifes de corais.

Esses fatores fazem crescer o nível de sedimentos depositados nos rios que deságuam na região dos corais. Estes sedimentos contêm fertilizantes que favorecem o desenvolvimento de algas marinhas e outras algas. Isso impede que a luz solar chegue aos organismos formadores de corais, ou faz com que a luz chegue em menor quantidade.


Por: Nilton Zanesco
Graduado em Ciências Biológicas



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