quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Curicaca

Curicaca
Ave da família Threskiornithidae, Theristicus caudatus, caracterizada pelo colorido pardo-cinzento, com as asas quase brancas, pescoço branco-amarelado, peito e vértice pardo-castanhos. A garganta é nua, preta, bem como na zona ao redor dos olhos, o bico, longo e curvo, é preto na base e verde na ponta.


O macho costuma ser ligeiramente um pouco maior que a fêmea, atingindo 69 cm de comprimento e cerca de 143 cm de envergadura.
Alimenta-se durante quase o dia todo e também ao pôr-do-sol. Tem alimentação variada, composta por artrópodes, como centopeias, aranhas, insetos adultos e larvas, entre outros invertebrados, podendo predar ainda pequenos lagartos, ratos, caramujos, anfíbios e pequenas serpentes, e até mesmo aves menores. Seu bico, longo e curvo, é adaptado para extrair larvas de besouros e outros insetos da terra fofa. É um dos poucos predadores que não se incomodam com as toxinas liberadas pelo sapo (Bufo granulosus), por isso este anfíbio pode fazer parte de sua dieta.


Durante a época de reprodução, costuma pôr entre dois a quatro ovos, em ninhos de gravetos nas árvores ou mesmo grandes rochas nos campos. Os ninhos formam colônias numerosas durante o período de reprodução. Habita campos secos, alagados e pastagens.
Costuma viver em bandos pequenos ou solitária, procurando alimento em campos de gramíneas ou em alagados. É diurna e crepuscular. Anda em pequenos grupos, que à noite se empoleiram nas árvores. Gosta de planar a grandes altitudes.
Presente em grande parte do Brasil onde haja vegetação aberta e lagoas, campos em solos pantanosos ou periodicamente alagados, como na Ilha de Marajó (Pará), Pantanal e Ceará. Encontrada também no Paraguai, norte de Argentina, norte de Uruguai e em parte da Bolívia. No Brasil ocorre com maior regularidade nas regiões sudeste e sul.


Por: Nilton Zanesco
Graduado em Ciências Biológicas


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