Jararaca
A
serpente à qual esse nome cabe em rigor é Bothrops
jararaca; contudo
é aplicado também a duas outras formas aliadas (B.
atrox e
B.
jararacussu,
às quais, aliás, também se confere às vezes apenas a categoria de
subespécies), que o povo costuma distinguir como “jararacuçu”.
É
uma espécie
endêmica
do sul Brasil,
Paraguai
e
norte da Argentina.
A
espécie prefere florestas tropicais e savana país, assim como
semitropical florestas de montanha e áreas de terras agrícolas, com
cobertura vegetal próxima.
São
predadores de aves e pequenos mamíferos, também são de extrema
importância na cadeia alimentar, atuando no controle desordenado
espécies invasoras como as de roedores. É considerada a cobra
venenosa mais conhecida nas áreas ricas e densamente povoadas da
região sudeste do Brasil.
(B.
jararaca)
(B.
jararacussu)
O
caráter anatômico, seguro, para distinguir a jararaca dos outros
viperídeos, consiste em verificar se a segunda escama labial
superior forma a margem anterior da covinha oral; nas demais espécies
há nesse ponto, interposição de outras escamas pequenas. A cor
geral é variável: verde-oliva escura, parda ou mesmo amarelada. O
desenho consiste é triângulos ou arcos escuros, margeados de
amarelo, com o vértice atingindo o fio das costas. A cabeça é
irregularmente desenhada. A dimensão máxima atingida por B.
Jararaca
é de 1,5 metro. B.
atrox, a
“caiçara”, distingui-se pelo tom pardo avermelhado ou cinzento,
de aspecto aveludado, e a cabeça não tem desenho distinto. A forma
B.
Jararacussu
atinge 2,2 metros de comprimento, e o número de escamas subventrais
é de apenas de 170 a 176 (sendo de 195 a 200 nas formas
precedentes), e o colorido geral é muito sombrio, destacando-se por
isso mais francamente no desenho amarelo, em linhas mais oblíquas.
Dessa variedade o Dr. Vital Brazil extraiu até 1,3 cm³ de veneno,
quando as outras espécies do gênero fornecem apenas 0,5 cm³.
Iguala assim a quantidade de veneno com a cascavel. Observam-se no
homem os seguintes fenômenos, em consequência de um acidente grave:
a princípio, dores locais e, meia hora depois, náuseas, perturbação
visual, sonolência e hemorragia pelo nariz e pelos ouvidos.
Aplicando a esse tempo soro antibotrópico ou antiofídico, a cura é
rápida. Do contrário a morte sobrevêm em espaço mais ou meno
breve, conforme a quantidade de veneno injetado.
Por:
Nilton Zanesco
Graduado
em Ciências Biológicas
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