terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Classificando os seres vivos

Classificando os seres vivos
Nosso planeta é habitado por um grande número de seres vivos. Dentre os quais conhecemos cerca de 1,3 milhão de espécies! É uma quantidade enorme. Estudá-las é uma tarefa que só se torna possível se as espécies forem agrupadas.
Para agrupar os seres vivos, consideram-se as semelhanças e diferenças que eles apresentam entre si. Esta tarefa de classificação começa com a escolha de um certo número de características a partir das quais a gruparemos os seres vivos mais semelhantes.


Graças à escolha de critérios adequados, conseguimos classificar esses animais em cinco grandes grupos. De cada grupo, fazem parte animais muito semelhantes entre si.
Se, por um lado, os animais de cada grupo apresentam características comuns, por outro lado notam-se diferenças significativas entre eles. Essas diferenças nos permitem concluir que cada um desses animais representa uma unidade individual dentro de um grupo de que se faz parte. É a essa unidade que damos o nome de espécie.
Espécie é o conjunto de seres semelhantes que podem cruzar entre si, produzindo descendentes férteis.
Em 1735, Carlos Lineu propôs um sistema de classificação para os seres vivos, partindo dessa conceituação de espécie. O sistema proposto por ele foi mais tarde aperfeiçoado por outros naturalistas.
Esse sistema de classificação reúne espécies em grupos cada vez maiores e mais abrangentes. Cada um desse grupos representa um nível de classificação, que permite determinar a localização de cada espécie. Um sistema equivalente a este é o sistema de endereçamento usado pelos correios para localizar o destinatário de correspondência.
Imagine um destinatário que morre em um apartamento qualquer. Esse apartamento faz parte de um grupo maior, um nível de classificação mais abrangente: o prédio. Esse prédio localiza-se em uma rua, que faz parte de um bairro. O bairro é apenas um dentre os que constituem a cidade. A cidade pertence a um estado, e o estado é uma parte de um país. Para que uma correspondência vinda do exterior chegue ao destinatário, deve-se escrever no envelope a “classificação” completa, considerando todos os níveis: país, estado, cidade, bairro, rua, número e apartamento.
Para classificar as espécies, usamos sete níveis de classificação, em ordem decrescente de grandeza.
REINO – FILO – CLASSE – ORDEM – FAMÍLIA – GÊNERO – ESPÉCIE
Duas ou mais espécies semelhantes formam um gênero; gêneros semelhantes agrupam-se em uma família; duas ou mais famílias semelhantes constituem uma ordem; as ordens semelhantes agrupam-se em classes; duas ou mais classes semelhantes formam um filo. O conjunto de filos chama-se reino.
Por meio da classificação, podemos conhecer particularidades sobre os seres que estamos estudando. No caso do homem, por exemplo, o fato de ele ser mamífero significa que possui glândulas mamarias; ser primata revela a existência de quatro extremidades, com cinco dedos e unhas em cada uma. A classificação como hominídeo informa que seu cérebro tem grande capacidade de funcionamento e seus cabelos têm crescimento contínuo; o gênero homo e a espécie sapiens significam que o homem é um animal que anda ereto sobre dois pés, tem costumes terrestres, vive em comunidades e nutre-se quase sempre de alimentos cozidos.
A classificação também é útil para estabelecer o nível de parentesco entre os diferentes seres vivos. Um canário, por exemplo, pertence ao mesmo reino e ao mesmo filo que o homem. Mas difere já quanto à classe: o canário pertence à das aves enquanto o homem pertence à dos mamíferos. O grau de parentesco entre o homem e o gorila é maior: ambos pertencem ao mesmo reino, filo, classe e ordem, diferindo apenas no nível da família.

Os nomes dos seres vivos
O fato de os povos falarem línguas e dialetos diferentes tornou necessária a criação de um sistema universal para dar nome aos seres vivos. As regras básicas deste sistema foram estabelecidas por Carlos Lineu. Veja como elas se aplicam nos nomes científicos da espécie abaixo:

Regras de nomenclatura:
*Todo nome científico é escrito em latim.
*O nome científico tem duas partes: a primeira é o nome do gênero, e a segunda, o nome da espécie.
*O nome do gênero deve ser escrito com a letra inicial maiúscula e o da espécie com inicial minúscula.
* O nome científico deve ser sublinhado ou escrito com letras diferentes das normalmente usadas no texto.
*Quando um mesmo gênero possui mais de uma espécie, estas podem ser indicadas colocando-se à frente do nome do gênero as letras sp. Como exemplo, o cão e o lobo são espécies diferentes do gênero Canis. E para nos referir ao gênero como um todo, escrevemos Canis sp.


Por: Nilton Zanesco
Graduado em Ciências Biológicas

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