terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Coró-Coró

Coró-Coró
Na Amazônia tem esse nome onomatopéico a ave Phimosus infuscatus, que no Brasil meridional é um dos vários “tapicurus”. Erroneamente, aplicam-lhe também o nome “carão”. Seu colorido é bruno-denegrido, com reflexos verdes e roxos. A cara é encarnada, e o bico de igual cor, mais clara.
A mesma denominação designa a espécie aliada, Mesembrinibis cayennensis, igualmente conhecida por “tapicuru”, no sul, e por “graúna” ou “guaraúna”, da Bahia ao Ceará.
Os adultos medem em torno de 45 e 56 cm de comprimento e seu peso varia de 700 a 800 gramas. Tanto o macho quanto a fêmea são idênticos e não apresentam dimorfismo sexual. 


A alimentação é baseada em invertebrados como minhocas, insetos, crustáceos e moluscos e também de plantas aquáticas. Seus ninhos são construídos em regiões de mata alta e alagada, os filhotes são bem parecidos com os pais, mas com uma menor intensidade de brilho nas penas.


O coró-coró é visto frequentemente nas regiões de matas úmidas e escuras, com solo parcialmente alagado e densa vegetação adventícia, onde foi observado também que nidifica em grandes árvores como o Guanandi. Ao raiar o sol, deixa o ponto de seu pouso dentro da mata e sai a gritar, tanto em voo como no solo. A ave é bastante arisca, ao notar alguém nas proximidades alça voo seguido de seus gritos (K'ró-k'ró-k'ró-K'ró-k'ró-k'ró). Vocaliza bastante durante as primeiras horas do dia.
Habita várias regiões, desde o Panamá até a do Paraguai e Argentina e em quase todo o Brasil. Sendo a região sudeste, mais precisamente os Estados de São Paulo e Minas Gerais, onde são mais encontrados com frequência.


Por: Nilton Zanesco
Graduado em Ciências Biológicas


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