domingo, 18 de dezembro de 2016

Os Celenterados

Os Celenterados
A grande variedade de espécies que integra esse filo é aquática, sem exceção, sendo que a maioria vive no mar. Apesar das diferenças de aspecto e manifestações de vida, os celenterados possuem características comuns; entre elas, destaca-se o fato de sempre se apresentarem sob a forma de medusas e pólipos.
Há celenterados que existem exclusivamente na forma de pólipo. É o caso da hidra de água doce, da Anêmona-do-mar e dos corais. A maioria contudo existe nas duas formas de vida, sendo que em algumas espécies predomina o pólipo, e em outras a medusa. A água-viva é um exemplo de animal no qual há predominância da forma medusa.
Águas-vivas, anêmonas-do-mar e hidras vivem isoladas. Corais e caravelas formam colônias, ou seja, vários indivíduos de uma mesma espécie vivem juntos. Os conhecidos recifes de coral são formados pela união de milhares de esqueletos de corais.
As medusas são formas móveis de celenterados. Têm o aspecto de um guarda-chuva aberto e se deslocam livremente pelas águas. Já os pólipos são formas fixas, em geral presas a rochas. Seu corpo tem o formato de um saco vazio, fixo pela base.
A água-viva é uma medusa típica: tem corpo gelatinoso transparente e com manchas coloridas. A boca está situada na parte inferior, ladeada por tentáculos.


A anêmona-do-mar é um pólipo típico: corpo em forma de saco vazio, fixo pela base. A outra extremidade do saco é livre e apresenta uma abertura – a boca - ladeada por tentáculos.

Estrutura e funções vitais
A estrutura corporal é a mesma para pólipos e medusas. Ambos possuem a parede do corpo formada por duas camadas de células justapostas, entre as quais há uma massa gelatinosa denominada mesogléia.
Todos os celenterados têm, na camada celular externa, células denominadas cnidoblastos, que produzem um líquido capaz de provocar queimaduras nos seres por ele atingidos. É o que por vezes acontece com banhistas que tocam as águas-vivas.
A parede do corpo envolve uma região denominada cavidade gastrovascular. Esta é a cavidade digestiva que se comunica com o meio externo através da boca.


Uma vez capturado, o alimento é levado à boca pelos tentáculos. Daí, passa à cavidade gastrovascular, onde é parcialmente digerido. Em seguida, é absorvida pelas células da camada interna, que completam a digestão. Os restos da digestão são lançados no meio externo pela própria boca.
O oxigênio é trazido pela água e se difunde entre as células. O gás carbônico e os restos das atividades celulares são eliminados pela parede do corpo.

Reprodução
Assim como nos poríferos, a reprodução dos celenterados também pode ser assexuada (só entre pólipos) e sexuada (em pólipos e medusas).
A reprodução assexuada ocorre em ocasiões nas quais o animal está se alimentando, e se faz por brotamento. O processo é o mesmo que se observa nos poríferos: há a formação de um pequeno broto, que cresce, exibe tentáculos e depois se destaca, passando a constituir um novo ser, independente.
As espécies que fazem reprodução sexuada exibem o ovário e testículos, os órgãos sexuais feminino e masculino, respectivamente. O testículo fabrica os espermatozoides e apenas um destes fecunda o óvulo, produzido no ovário. Da fecundação, origina-se o ovo, do qual nascerá um novo animal, após cerca de 17 dias.

Metagênese
Metagênese ou alternância de gerações é o processo em que um indivíduo se reproduz sexuadamente numa fase da vida e assexuadamente na seguinte.”
A metagênese é comum entre os celenterados. Um exemplo é a obélia, este animal tem a forma de um musgo e vive nas águas rasas, fixo em rochas, conchas e estacas. Trata-se de um ser colonial, de aspecto esbranquiçado, que se fixa por uma base que funciona como uma espécie de raiz.
Da base, partem “caules” ramificados, aos quais se prendem dois tipos de pólipos: os nutritivos, encarregados de conseguir alimento, e os que se destinam à reprodução.
A fase de vida mais desenvolvida nesse animal é o pólipo, que se reproduz assexuadamente. A fase transitória consiste de pequenas medusas cuja reprodução é sexuada.

Na obélia os pólipos reprodutivos produzem, assexuadamente, medusas. Estas são sexuadas. A medusa macho lança os espermatozoides na água, onde a fêmea lançou os óvulos. Do ovo formado desenvolve-se a plânula, uma larva que se fixa e forma um pequeno pólipo. Este é o início de uma nova colônia.



Por: Nilton Zanesco
Graduado em Ciências Biológicas 



Nenhum comentário:

Postar um comentário