Lobeira
Também
conhecida como fruta do lobo, a lobeira (Solanum
lycocarpum)
é uma espécie nativa do bioma cerrado, é um pequeno
arbusto de até 5 metros de altura. Pertence à família das
Solanaceae,
a mesma do tomate e do jiló,
mas
está sendo facilmente encontrada
em regiões do Paraná, Rio de Janeiro e até na região norte, como
no Pará e Amazonas. É muito comum também ser encontrada em áreas
que sofreram alterações feitas pelo homem, como em beiras de
rodovias.
Suas
flores são hermafroditas de uma incrível beleza, em sua cor azul
arroxeada com os estigmas amarelos.
Em seus ramos, face inferior das folhas e base dos frutos são
encontrados espinhos de coloração verde e marrons.
Seus
frutos são redondos e variam de 13 até 20 cm de diâmetro, são
de cor verde e amarela quando maduros, a
polpa é carnosa e contém centenas de sementes.
Sua
época de frutificação fica entre os meses de junho e janeiro e sua
multiplicação torna-se mais facilitada por sementes e um fato
curioso é que seus frutos fazem parte de quase 50% da dieta do
lobo-guará (Chrysocyon
brachyurus).
Para
o lobo-guará, esta fruta tem ação terapêutica e vermifuga contra
o verme-gigante-dos-rins, que é frequente e fatal para o lobo.
Na
alimentação de popular tradicional são usados no preparo em doces
e geleias; as raízes
da lobeira são usadas contra hepatite e o xarope dos frutos, contra
asma, o pó branco extraído do fruto verde é também utilizado para
combater diabetes e epilepsia. Os frutos verdes contêm solasodina,
substância química precursora de esteroides.
Seu
uso medicinal deve ser restrito e acompanhado por profissionais
capacitados, pois ainda está em fase de testes.
Por:
Nilton Zanesco
Graduado
em Ciências Biológicas
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