quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Lobeira

Lobeira
Também conhecida como fruta do lobo, a lobeira (Solanum lycocarpum) é uma espécie nativa do bioma cerrado, é um pequeno arbusto de até 5 metros de altura. Pertence à família das Solanaceae, a mesma do tomate e do jiló, mas está sendo facilmente encontrada em regiões do Paraná, Rio de Janeiro e até na região norte, como no Pará e Amazonas. É muito comum também ser encontrada em áreas que sofreram alterações feitas pelo homem, como em beiras de rodovias.


Suas flores são hermafroditas de uma incrível beleza, em sua cor azul arroxeada com os estigmas amarelos. Em seus ramos, face inferior das folhas e base dos frutos são encontrados espinhos de coloração verde e marrons.
Seus frutos são redondos e variam de 13 até 20 cm de diâmetro, são de cor verde e amarela quando maduros, a polpa é carnosa e contém centenas de sementes.


Sua época de frutificação fica entre os meses de junho e janeiro e sua multiplicação torna-se mais facilitada por sementes e um fato curioso é que seus frutos fazem parte de quase 50% da dieta do lobo-guará (Chrysocyon brachyurus).
Para o lobo-guará, esta fruta tem ação terapêutica e vermifuga contra o verme-gigante-dos-rins, que é frequente e fatal para o lobo.
Na alimentação de popular tradicional são usados no preparo em doces e geleias; as raízes da lobeira são usadas contra hepatite e o xarope dos frutos, contra asma, o pó branco extraído do fruto verde é também utilizado para combater diabetes e epilepsia. Os frutos verdes contêm solasodina, substância química precursora de esteroides.
Seu uso medicinal deve ser restrito e acompanhado por profissionais capacitados, pois ainda está em fase de testes.


Por: Nilton Zanesco
Graduado em Ciências Biológicas

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